Helicópteros de controle remoto são muito divertidos, principalmente se você tiver uma área grande dentro de um local fechado para decolar seu helimodelo. Caso prefira sair para fora, o vento por ser um fator complicante, principalmente se houver alguns obstáculos ao redor. Foi o que aconteceu com meu B-Flyer, um pequeno helicóptero elétrico muito interessante, mas que não voa bem em ambientes outdoor. Continua…
Era uma manhã muito bonita, resolvi levar o b-flyer para a fazenda a fim de fazer um voo com a nova bateria de Li-po 1300mHa que havia instalado recentemente. Soprava um vento sul que vinha em direção a quilha do helicóptero. Após o checklist coloquei potência no pequeno helimodelo, que subiu com vigor para o céu azul. Logo percebi que o vento estava empurrando o b-flyer para longe, ao passo que ele subia rapidamente. O reflexo foi de levantar a cauda para cima, corrigindo a rolagem. Não funcionou, o rotor de cauda possuía um motor muito fraco e não foi suficiente para lutar contra o vento.
Nesse ponto deu saudade do avião Telemaster elétrico que é capaz de vencer qualquer tipo de condição meteorológica.
Uma leve brisa empurrava o B-flyer para um final trágico: uma colisão contra um poste de iluminação, a uma altitude de 6 metros. Um cabo de suporte do poste foi o vilão, impedindo que as hélices do aparelho continuassem girando. A colisão foi inevitável, o helicóptero caiu como um tijolo de chumbo. Espantado com a queda, me restou ter a frieza de baixar a aceleração do rotor principal.
Recuperando os Destroços do B-Flyer
Conferindo os destroços: tudo estava fora do lugar. O fio da antena havia enrolado no mastro do rotor. A cabine havia se desprendido do chassi, deixando a carenagem com um aspecto horroroso. As hélices estavam destruídas, completamente dilaceradas pela colisão com o cabo de aço 6 metros acima. Uau! Pensei: vamos construir outra hélice, uma que não quebre tão facilmente, que seja leve o bastante para dar autonomia de voo e que possa deixar o B-flyer ainda mais bonito!
Mudando o Paradigma das Hélices
Usar uma hélice de alumínio foi a solução mais interessante, também a que deu melhor efeito estético. O empuxo pode ser controlado entortando a lâmina da hélice para formar um aerofólio de grande arrasto e alto empuxo. Como o B-flyer é multi-motor, não houve qualquer problema quanto ao arrasto maior. No final, o helicóptero está voando até 50 metros de altitude (limite do rádio com o fio da antena estendido), proporcionando grandes emoções outdoor. Voando pela manhã, antes das 9 horas, é possível encontrar condições de vento calmo o suficiente para uma pilotagem gostosa e prazerosa.
Confira o Vídeo que Mostra as Hélices de Alumínio
Mais alterações foram feitas nesse helimodelo, agora é possível voar contra o vento, usando um rotor de cauda ainda mais potente que o original (que parou de funcionar), deixando o helicóptero ainda mais interessante.
Bons voos!